quinta-feira, julho 18, 2013

Porque duplicam os lucros do Goldman Sachs em plena crise bancária?

Lloyd Blankfein é o CEO do Goldman Sachs.

A "austeridade" é o processo que os "mercados" inventaram para financiar o lucro dos bancos de investimento como o Goldman Sachs que agora se noticia. Com a ajuda preciosa de clientes e colaboradores, colocados em cargos políticos com grande poder, estes "bancos" vão manipulando as finanças dos países através da especulação sobre os juros da dívida e aproveitando as oportunidades de negócio criadas pelas privatizações dos negócios públicos mais rentáveis. Essas privatizações são impostas por intermédio da chantagem política dos seus agentes colocados por todo o mundo em organismos como o FMI, o BCE, a Comissão Europeia ou mesmo dentro dos governos dos países.

O aumento de impostos e a poupança gerada pelo emagrecimento forçado dos Estados permite o pagamento de juros altíssimos. Esses mesmos juros que nos são vendidos pelos média como resultado da "incapacidade produtiva" dos povos e do demérito das suas economias.

A nossa pobreza financia diretamente a acumulação de capital desta "gente".

O que irrita mais é o facto de os nossos políticos continuarem a promover o enriquecimento destas mega-instituições sem aparente contradição pública dos muitos "especialistas" que vão cuspindo palavras nas TVs e nos jornais.

Nós vivemos acima das nossas possibilidades, eles não.

Os Antónios Borges, os Medinas Carreiras, os Coutos dos Santos, os Gaspares e muitos outros são os porta-voz da limpeza moral que se está a promover via este estrangulamento económico.

Em primeiro lugar convence-se os portugueses, diariamente pelas televisões, de que são uns miseráveis improdutivos. Que vivem acima das suas possibilidades.

Depois desvia-se o dinheiro produto da poupança nos salários e do aumento dos impostos para o pagamento da dívida enorme que se acumula por intermédio do aumento de juros explosivo e por meio da influência política na promoção de negócios ruinosos como foi o caso dos Swaps.

Pior ainda, o prejuízo dos bancos falidos por causa do estrangulamento que os mega-bancos exercem sobre outros mais pequenos ou apenas porque a insustentabilidade do seu negócio é por demais evidente é pago pelos contribuintes.

Perante isto é cómico/trágico o modo como se construiu uma ilusão coletiva que faz de qualquer um ser racional, que se revolta contra este estado corrupto das coisas, um comunista, um criminoso, um despesista desprovido de inteligência.

Tanta burrice travestida de conhecimento só convence os povos menos educados... é o nosso caso.

Sem comentários: